- sabes que dia foi ontem? - sim tia, o dia das crianças! - boa! que presente recebeste? - um fio, uma pulseira e pinturas, gostei muito. - sabes, a tia não recebeu presentes...
depois de muito pensar, do "alto" dos seus 6 anos diz-me, ó tia tu brincas comigo mas és um adulto!
ao contrário do que a maioria dos cavalheiros julga, o sexo não é tudo para algumas mulheres, o sexo é o complemento de algo maior, e que faz parte da equação... naturalmente que as preocupações da Vida "que levamos", refletem-se e muito no momento, mas à que sabermos libertar-nos do que ficou lá atrás, de tabus, como se nós fossemos uma folha em branco.
o sexo prazeroso, é algo simples e sem grandes "malabarismos"... o que importa? estar lá, sentir o outro, caminhar lado a lado e entregar-se... saber dizer o que se quer e não quer, saber ouvir, verbalizar, isso é a verdadeira intimidade, e isso está ao alcance de todos nós.
o tempo e a convivência, fazem com que a intimidade fique menos intensa, ainda assim, e havendo @mor o ato não deixa de ser bom para ambos, é somente uma outra fase da Vida.
do lado de fora, era uma casa muito simples... não tinha janelas, tinha uma porta de madeira vermelha, com um postigo... a casa era caíada, e tinha uma barra azul em baixo... esta simplicidade, escondia um mundo mágico para mim... esta casa também foi minha/nossa, até os meus avós partirem... nas férias grandes de verão, a magia acontecia, éramos só nós e os avós, os pais não estavam... os meus avós não eram pessoas abastadas, mas sempre fizeram questão de dar tudo o que lhes era possível, às duas crianças que tomavam conta neste período, eu e a minha prima... na "casa de fora", como os avós lhe chamavam, recordo o poial com quatro enfusas de barro grandes e os cucharros por cima de cada uma.. uma mesa de sala de jantar (onde eram feitos os almoços/jantares de Natal), um sofá e a máquina de costura singer da avó, que agora guardo com muito @mor em minha casa, por tudo o que ela representa para mim... a cozinha tinha uma lareira, uma mesa, um louceiro onde a avó guardava os pratos de esmalte, uma candeia a petróleo, que estava numa prateleira pequenina na parede, e um lavatório com uma bacia e um espelho pequenino... não havia energia elétrica, pelo que à noite eramos alumiados pelas candeias, e a televisão só era ligada um pouco durante o dia para nós vermos "os bonecos" e à noite para o avô ver as notícias...