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1 Mulher

até para nascer temos que dar a volta

1 Mulher

até para nascer temos que dar a volta

da família

O alentejo sempre foi a minha "casa", por tudo e um pouco que já mencionei aqui... ainda assim, havia sensivelmente 10 anos que não ía à vila onde viviam os meus avós maternos.

 

Entre os muitos motivos que tenho para não ir lá, o principal prende-se com a falta de ligação com os meus tios, porque as memórias que tenho dos meus avós são maravilhosas, e trago-as sempre no meu coração... outro dos motivos, é ver o que era deles entregue a outra pessoa que não é da familia, ou seja, os meus tios optaram por vender tudo... entregue e não estimado... a hortinha que o meu avô cuidava com tanto zelo está abandonada (ajudei tantas vezes a regar, tomei tantos banhos no tanque), a casa nem parece casa, é assim uma coisa estranha... o terreno onde tanto brinquei é um acumulado de tralha com um barracão..

 

É impossível não ver, uma vez que familiares próximos moram ao lado.

 

A minha avó ainda tem uma irmã viva, com 100 anos, muito parecida com ela fisicamente e no trato, e uma vez que a senhora tem estado atrapalhadita, este ano "meti pés ao caminho".. foi uma alegria imensa ver a irmã da minha avó... não tenho palavras para descrever.

 

Pedi ao dono da casa dos meus avós, para entrar, e se doeu ver o que estava na rua, entrar acabou comigo...

 

Em suma, tem a parte positiva das memórias, que nunca esquecerei, a irmã da minha avó que é um doce.. mas tem toda a carga negativa ja mencionada, associada ao facto de que os poucos bens materiais (objectos, móveis) que os meus avós tinham, foram quase todos deitados fora... uma crueldade!

 

Se estou arrependida de lá ter ido? Não! Mas no dia seguinte foi como se estivesse a descomprimir..