falta-nos "algo"
nos meus tempos de menina, quem tinha telefone fixo era considerado abastado, pelo que quem não tinha fazia uso da boa vontade dos vizinhos, como eu fiz várias vezes, ou utilizava cabines telefónicas... recordo-me de escrever cartas aos avós e à prima, com regularidade, para "matar" a saudade... mesmo com poucos recursos, mantinhamos sempre o contato com os nossos e, as visitas regulares ao alentejo na habitual carreira, o que há anos atrás significava passar longas horas dentro de um autocarro sem condições... hoje em dia observo o inverso, os recursos são inúmeros, mas nós pessoas, não sabemos estar uns com os outros, não convivemos... passamos horas agarrados ao telefone, a ver coisas sem interesse algum, ao invés de nos darmos aos nossos... perdemos a capacidade de olharmos uns para os outros, de nos abraçarmos, mas acima de tudo de saber ouvir e dar colinho... ninguém é feliz sem @mor, sem atenção, sem o afeto dos seus.