Fazer nada é também uma arte (e ajuda na ansiedade)
Primeiro, falaram-nos do hygge, o hábito dinamarquês de apreciar os pequenos prazeres da vida para se ser feliz; depois, do lagom, a habilidade sueca de encontrar o equilíbrio em todas as esferas da vida; seguiram-se o sisu, a capacidade norueguesa de enfrentar os desafios com coragem e determinação estoicas; e o nunchi, o subtil ‘dom’ coreano de conseguir ler um espaço e as pessoas que lá estão.
Agora, as atenções viram-se para o niksen, a arte neerlandesa de nada fazer sem sentimentos de culpa à mistura. E é sobre este último que este artigo versa.
O poder do niksen
Certamente que conhece alguém – ou sentiu isso mesmo na pele – que se queixou de não saber o que fazer em alguns momentos, sobretudo na altura do confinamento social.
E o melhor conselho que podemos dar a quem nos diz estas palavras em qualquer situação é apenas que se desligue por completo do mundo que a rodeia, ou seja, não fazer nada e sentir-se feliz com isso.
Não é fácil, porque não estamos habituados a esses momentos, mas é possível, como mostra o exemplo dos Países Baixos, que até têm fama de ser muito produtivos, mas que conseguem seguir como poucos uma regra básica: trabalhar quando se tiver de trabalhar e relaxar quando se estiver a relaxar.