gostar e amar
Quando não existe amor, o relacionamento até pode ser bom, mas não deixa de ser uma “coisa sem sal”, quase como amigos coloridos se é que me faço entender. Em tempos, recordo-me de ter ouvido um dos maiores disparates da minha vida… porque eu não “arranjava” uma companhia, que me ajudasse a esquecer outra pessoa… nada mais errado, para mim claro. Para além de me estar a enganar, iria fazer a outra pessoa, o que eu não gostaria que me fizessem a mim, usá-la.
Amar no verdadeiro sentido da palavra, é ter uma ligação de almas. Gostar é esconder-se, mostrando-se perfeito.
Gostar é beijar e não perder a noção do tempo nem do espaço. Amar é perder-se no beijo e não querer ser encontrado.
Amar é assumir os seus defeitos, na certeza de que nada faria para magoar o outro. Gostar é iludir o outro, para mantê-lo.
Gostar é dormir junto para ter uma companhia, mas ir embora a meio da noite. Amar é querer ficar sempre mais um pouco, acordar lado a lado e ficar a conversar pela manhã fora.
Amar é querer caminhar lado a lado, aceitando a imperfeição.
Gostar é prometer, amar é realizar.
Gostar é falar, amar é agir.
Amar é fazer planos, gostar é pensar em desistir na primeira dificuldade.
Amar é saber que os desentendimentos existem, e que fazem parte do nosso crescimento, enfrentando-os.
Gostar é querer ficar junto, mas nem sempre ter vontade. Amar é estar junto, independente de tudo, porque quando se quer mesmo, tudo é possível.
Gostar é ser egoísta. Amar é entregar-se de forma incondicional, não se esquecendo de si, mas tendo o pensamento no outro.
Amar é fazer de tudo, para que nada interfira na relação, sem medir esforços.