HYGGE ou bem-estar
Para os dinamarqueses, as sensações, os amigos o bem estar sobrepõem-se aos bens materiais, penso que isto se deve ao facto da Dinamarca ser um país mais escuro e cinza que o nosso, daí esta necessidade de “mimo”, de procura de conforto no nosso espaço.
Se é importante trabalhar, também é importante reunirmo-nos com quem amamos, da forma que fôr para nós a mais acolhedora. Há tantas pequenas grandes coisas em nosso redor, no nosso espaço que nos fazem bem e que nem damos por elas… por exemplo uma vela acesa, transmite-nos conforto.
O livro traz-nos um conjunto de dicas, umas mais óbvias que outras, que nos podem ser úteis neste processo.
O nosso dia-a-dia é composto pelos horário do trabalho e devemos respeitá-los e dedicarmo-nos nesse tempo, mas quando saímos, devemos desligar… eu desligo o interruptor literalmente, infelizmente “sou chamada” ao trabalho (através de um telefonema) quando acontece alguma coisa, fins de semana e à noite se for necessário, se gosto, não, mas faz parte das minhas competências… ainda assim o trabalho não é a coisa mais importante da minha vida, ou a minha vida, é um complemento de tantas outras coisas.. como costumo dizer.. há vida lá fora…
Em Portugal, trabalha-se trabalha-se e trabalha-se, fins de semana, umas vezes por necessidade, outras porque a profissão assim o obriga, ou simplesmente porque não há mais nada na vida daquela pessoa para além do trabalho, mas confesso, que para o geral das pessoas, trabalhar muito fica sempre bem, é sinónimo de ser um lutador, e é, mas e o resto? Então e quem se dedica à família, e aos filhos? A realidade dinamarquesa é outra, para eles trabalhar aos fins de semana não é seguramente algo que dê felicidade.
Deixei de correr à muito, tem sido uma mudança que me imponho… visto a camisola no trabalho, mas dou muito valor ao que “tenho lá fora”, e ao meu refúgio.