O teu nome
Falta-me soltar na noite acesa
o nome que no peito me sufoca
e queima a minha dor.
Falta-me soltá-lo aos quatro ventos
para depois segui-lo por onde for,
ou então dizê-lo assim baixinho
embalando com carinho,
o teu nome, meu amor.
Porque todo ele é poesia,
corre pelo peito como um rio
devolve aos meus olhos a alegria
deixa no meu corpo um arrepio,
porque todo ele é melodia
porque todo ele é perfeição.
É na luz que vem.
Falta-me dizê-lo lentamente
falta soletrá-lo devagar,
ou então bebê-lo como um vinho,
que dá força para o caminho
quando a força faltar.
...
Miguel Gameiro