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1 Mulher

até para nascer temos que dar a volta

1 Mulher

até para nascer temos que dar a volta

Ourique, 1984

recordo com saudade, as férias grandes no Alentejo, passadas na casa dos avós maternos... não sendo eu uma miúda do campo, gostava de aprender a lida, e naturalmente só fazia asneiras, por muito que os avós explicassem como fazer, várias vezes... adorava assustar as galinhas que estavam no galinheiro, deixando-as num alvoroço... colaborava com o avô, na orientação do gado na pastagem, que por muito que eu tentasse, os animais iam sempre para o lado contrário do que era suposto... quando ia ao poço encher os cantaros, o caldeirão ia quase sempre parar ao fundo do mesmo, e tinha que vir o avô resolver a situação... nas tardes soalheiras de verão, refrescava-me no tanque onde os animais bebiam água,  e o resultado era catastrófico, os animais já não bebiam, e eu como castigo tinha que limpar o tanque... atrapalhava mais do que ajudava, mas sei que eram momentos únicos para os avós. 

as férias no Alentejo, eram sinónimo de liberdade total, muito mimo e muitos disparates... muitas gulodices, melancia, a minha comidinha preferida que a avó fazia, e as infindáveis histórias do avô. 

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